MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

quinta-feira, 7 de março de 2013

A Revista - "Òh tempo volta p’ra trás"



Hesitei antes de escrever esta crónica. Os festivais de Lisboa e do Montijo merecem-me um respeito dfemasiado grande, mas… não consigo calar a revolta pela forma como vejo tratada não raras vezes com fundamentalismos, a geração actual do toureio a cavalo pelo simples facto de praticar um toureio diferente, um toureio moderno, tão do agrado do grande público.

Cada geração tem as suas coisas boas e as suas coisas menos boas, e é importante o discernimento, para compreender as épocas que vamos atravessando ao longo da vida, sem saudosismos bacocos, recalcamentos visíveis ou mesmo complexos profundos.

As artes evoluem e em paralelo evoluem igualmente a forma de estar dos artistas no mundo, sem que isso diminua o valor de cada qual.

Que pensaria Rembrandt de Picasso ou Dáli?

Que pensariam Mestre do Sardoal ou mais recentemente Malhoa de Gargaleiro ou de António Sena ou do meu amigo Mário Silva?

Que pensariam Artur Ribeiro ou Max de Abrunhosa?

Certamente que os pintores e cantores doutras épocas, ficariam estupefactos com conceitos tão diferentes das suas artes, mas por cortesia e inteligência, certamente que sem complexos, logo tentariam compreender essa realidade, analisando-a á luz do mundo actual.

Desancar no toureio moderno, na postura social-taurina dos artistas, nos critérios empresariais e ganaderos, da actualidade etc., é um desenquadramento inequívoco da realidade, que expressa na maioria dos casos um mundo de frustrações denso.

Na revista “Oh tempo volta p’ra trás”, ridicularizava-se sentires semelhantes mas não ofensivos, aquilo a que assisto. é a um desvirtuar, muitas vezes com avinagramentos.

Não é preciso, e muito menos é de bom gosto, dizer mal de quase todos e quase tudo, para elogiar alguém, cantando em pindérico “Oh tempo volta p’ra trás”…