Sinceramente não ia com muita fé e tinha razão em muitos aspectos. A quantidade de monturas á Espanhola aumentou exponencialmente assim como cavaleiros trajados com fato de campo do País vizinho, no entanto os que deviam dar o exemplo mantiveram a tradição o que já não é mau...
As casetas mais antigas mantiveram o mesmo registo no que toca a decoração ( sem tiques Inglesados) e recebimento com vinho, água-pé e abafado. Não posso deixar de destacar a novel caseta da Coudelaria "Oliveira Martins" que por ser prenhe de naturalidade, humanismo e amizade, acabou por se tornar visita obrigatória de todos os amantes do cavalo e da tauromaquia que se deslocaram á feira de S. Martinho, sem ser preciso andar a arrebanhar gente para ter sempre casa cheia.
A caseta da Coudelaria "Ortigão Costa " foi como sempre um MUST...
A casa do Manecas Jorge (Manuel Jorge de Nave de Haver), da familia Gomes (David Gomes), dos irmãos Carreira e do João Anao /Antonio Aleixo trouxeram-me á memória a Golegã de antigamente, onde havia sempre lugar prós amigos e prós amigos dos amigos.
Num jantar em casa do Anao/Aleixo participei numa conversa distendida sobre as equitações Boucheriana, doma Vaquera, Alemã e Gineta, em que ninguém pretendeu impor o seu ponto de vista, mas tao só enriquecer-se culturalmente...
O meu Neto Manel com 6 anos foi pela primeira vez á feira e gostou. Andou até á uma da manhã sem sono e sem chatear, comendo presunto aqui, chouriço ali. uma fatia de queijo acolá, mas sem pão julgo eu que foi para não engordar.
Este anos a ele que representa a sua geração passei o testemunho, mas ainda estou esperançado de também o passar a um filho dele..
Jantei um dia com a minha família e amigos num restaurante, e nisso a golega está igual ao que sempre foi, fui mal atendido, a comida era má e foi caro. O costume, tudo uma merda...
Para tomar o pequeno almoço, foi também como de costume outra merda, onde havia café não havia leite, onde havia leite não havia café, onde havia café e leite não havia adoçante, onde havia pão não havia fiambre, onde havia bolos não havia pão...