Queridos Avós:
Vergelina e José Comprido, sinto uma enorme gratidão por todos os valores que me transmitiram e vivências que me proporcionaram ...
Sim hoje cumprimos a tradição e fomos comemorar o dia de S. Martinho a Golegã, que saudades do sentido de identidade desta feira ,em que todos os apaixonados pelos cavalos se encontravam num momento único de convívio, entre as provas da água
pé e o bom petisco, surgiam animadas discussões sobre o vosso tema preferido e o verdadeiro rei desta feira, o cavalo.
Actualmente ,a paixão foi substituída pela economia e o convívio diurno de tertúlia equestre pela diversão noturna com um forte cariz social ,em que o mundo do cavalo é apenas um cenário de diversão.
Hoje assisti a uma tarde do dia de S. Martinho muito fraco de identidade, apenas algumas coudelarias souberam honrar com dignidade a data que se assinala e alguns (muito poucos) cavaleiros vestiram o traje a portuguesa e desfilaram com aficion,
bem hajam.
Numa semana de chuva por vezes intensa, o verão de S. Martinho até deu um ar da sua graça...e porque até de forma inesperada, participei numa pequena discussão sobre o que era e é a essência do nosso cavalo Lusitano, sinto uma enorme gratidão
por ter tido o privilégio de ser vossa neta.
Estão sempre no meu coração e na minha alma!
Margarida Comprido Afonso
11 de Novembro de 2019