Meu caro Jorge Teixeira:
A minha estima por si e a consideração que me inspira, você conhece bem. Se não fosse assim e se não tivesse a certeza da sua seriedade não o tinha indicado mais que uma vez a amigos meus, para que o senhor fosse apoderado dos filhos. De si sempre recebi atenções, mas tudo isto não me impede de estar em desacordo consigo pontualmente.
Não sei se o meu amigo é o responsavel e o ieólogo do movimento "Ajudem o António", se foi, quero dizer-lhe que na minha opinião a ideia não é boa, e má. O senhor que tão bem tem dirigido a carreira e a imagem dos seus toureiros, não é infalivel e por isso pode errar pontualmente que não é nenhum drama, isto nocaso de ter responsabilidade no caso.
Eu tenho-o em tanta consideração, que quando me insinuaram ( e foi mais que uma pessoa) que o meu amigo se socorria de anónimos, eu disse sem pestanejar que não acreditava.
Quero crer que este caso - se é que é um caso? - não belisque a nossa amizade, mas se o senhor assim o não entender, o que é que eu hei-de fazer ??? Uma coisa é certa: Não há machado que me corte a raíz ao pensamento.
Sempre a considerá-lo
João Cortesâo