MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

terça-feira, 17 de maio de 2016

Viseu - Onde a aficcion é mais pura...

Sede do clube de Viseu

Foi neste centenário clube, fundado em 1881, que no sabado partcipei numa conferencia taurina...


Este dia deu-me a oportunidade de conhecer a história da dinastia de cavaleiros tauromáqquicos de apelido Casimiro, bem como muita da rica história  tauromáquica desta cidade, com os trabalhos apresentados pelos conferencistas Dr. João Ferrari e Eng. Anibal Bettencourt.

Viseu tem uma história que dista, ainda antes da formação do Condado Portucalens. Viseu foi várias vezes residência dos condes Dª Teresa e D. Henrique que, em 1123 lhe concedem um foral. Seu filho D. Afonso Henriques terá nascido em Viseu a 5 de Agosto de 1109, segundo tese do historiador Almeida Fernandes. O segundo foral foi-lhe concedido pelo filho dos condes, D. Afonso Henriques, em 1187, e confirmado por D. Afonso II, em 1217.

Com história tão antiga, não admira que as suas gentes apresentem qulidades, que vão desde a educação genuina aos interesses culturais, tudo isto alicerçado num respeito profundo pela tradição, e por um bairrismo puro, que não dá passagem a arrogâncias bacocas.

Da história tauromáquica de Viseu, além de que ali houve uma Praça de toiros, como houve em Coimbra, covilhã, etc. , fiquei também a saber que ali tomou a alternativa Veca Sabino Duarte, numa corrida numa praça desmontavel. em que tomaram parte Manuel Conde, David Ribeiro Telles e Pedro Louceiro. Fiquei tamb+em a saber que numa praça em Viseu, foi colhido e morto por um toiro no ano 1956 ou 57, o matador mexicano Grabriel Gardenas Marquez, que está sepultado no cemitério local, e que a mulher do dito matador que o acompanhava exigiu que lhe retirassem os dentes de ouro antes do infeliz baixar á cova.
Soube igualmente que na região houve outro cavaleiro de seu nome Mário Lages, que perdeu o braço esquerdo numa caçada, tendo depois de curado toureado algumas vezes com as rédeas amarradas ao que lhe restava do braço amputado...
Acabei também por saber, que em viseu houve dois grupos de forcados, e também que aquando do 25 de Abril estava projectada uma praça fixa da qual vi o projecto, era então presidente da Camara o Sr. Eng. Manuel Carrilho pai do ex ministro da cultura, homem aficionado aos toiros e aos cavalos que com 6 anos se deslocou de ao pé da Guarda a Viseu, sózinho a cavalo para conhecer a cidade e ir á festa de anos de uma prima da mãe.



Em Viseu, fala-se de tauromaquia com paixão e sem azedumes, tudo é feito e dito com elevação, o que me transportou a um mundo novo, que na sua essência representa paradoxalmente o que era o Portugal verdadeiro.
O jantar foi cozinha tradicional regada com a excelência do vinho do dão.Revi velhos amigos e amigos dos meus vilhos, gente com quem nos fundimos anualmente na brisa da Figueira da Foz.

Não esquecerei este dia, dia em que me refiz de nacionalidade.

Muito obrigado amigos viseenses



( A participação dos jovens impressionou-me)