MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

sábado, 25 de junho de 2011

Volta sempre e traz a Gabriela


Organismo algum incutirá neste povo o gosto pela ópera, a visita regular a museus ou o gosto pela leitura enquanto tivermos que escolher entre gastar o dinheiro nos livros ou nos óculos.
Mas a cultura é muito mais do que isso. São as feiras e romarias, é o fado e o vira minhoto, é a gastronomia, é o jogo do pau e o fandango, são as toiradas… Não serão coisas muito eruditas mas é a nossa cultura, que é vastíssima, gera receitas para o estado e não depende de grandes subsídios.
Porque nos habituamos a lamentar e a esperar, sentados e à sombra, que nos acudam, lamenta-se no meio taurino que deixemos de ver o Governo representado nas corridas como se essa presença fosse uma garantia de continuidade.
Gostámos de os ver lá, assim como gostamos de ver a Cinha, a Lili, simpáticos actores, carinhas larocas e amorosas criancinhas, contrariando a ideia de que se trata de um espectáculo bárbaro para gente sem sentimentos, ideia que os civilizados, organizados, cultíssimos e pouco asseados de outros países da Europa tentam impingir ao povo convencendo apenas os tolos.
Como em muitas outras situações, talvez tenhamos de deixar de contar com o apoio do Governo para que a Festa não se extinga no nosso país. A responsabilidade pela sua continuidade é dos aficionados (sobretudo se assinarem a petição, o que eu já tentei fazer mas ainda não consegui) e é a eles que se devem atenções e a sua eventual ausência que a todos os envolvidos na montagem de cada corrida deve preocupar.
Assim, aficionados Gabriela e Elísio, uma vez libertos das vossas ingratas funções, voltem sempre. Espero ver-vos, a ela de flor no cabelo e a ti de colarinho desabotoado, aplaudindo e vaiando, roendo pevides e bebendo o que vos apetecer.

Margarida Summavielle