Mário Coelho na Tertúlia Tauromáquica Eborense
Por M. Peralta Godinho e Cunha
As voltas e reviravoltas como “maletilla” pelos campos, a pé, numa vaga perspectiva de algum ganadero lhe conceder a lide de uma vaca; as incursões nas largadas de Vila Franca, Alenquer e outras localidades do seu Ribatejo; o deslumbre de ver os cartazes de toiros; o encanto de ver os lidadores se dirigirem para a “Palha Blanco", toureiros de "luces", reluzentes e com capotes de passeio deslumbrantes; o silêncio e a atenção e respeito de os ver tourear…
Depois, já de toureiro de prata a bandarilhar nas maiores praças do mundo com saídas em ombros ao lado dos matadores e as invejas de alguns; a decisão de se tornar matador de toiros e voltar a sair pelas portas grandes já bordado a oiro, por mérito agora conseguido não só pelas bandarilhas mas também com a muleta, com troféus, ao lado de todas as figuras do seu tempo; o ter pisado as arenas de todas as principais praças de toiros da Ibéria, de França, das Américas, ouvindo o arrepiante OLÉ! no início dos “paseillos” na Monumental de México, esse OLÉ que gela os corações, que interioriza na alma dos toureiros e que os faz pensar na única hipótese para que ali estão: triunfar…
Foram memórias de uma vida profissional de 40 anos e recordações de Mário Coelho – o convidado de honra da Tertúlia Tauromáquica Eborense – desvendadas no jantar que se realizou na Pousada dos Loios em Évora, nesta segunda-feira 7 de Maio de 2012.