Queima das fitas de Coimbra, não cede á pressão de meia dúzia de antitaurinos e afirma que "A tradição é para manter viva!"
O Movimento Universitário pelos Direitos dos Animais (MUDA) apelou hoje às organizações das festas académicas para não promoverem garraiadas, mas para a Queima das Fitas de Coimbra "a tradição é para manter viva".
"Manteremos viva esta tradição até que os estudantes queiram, mas se for por vontade deles, não se fará", disse hoje à Lusa Ana Pinho, responsável pela tradição da Queima, que começa às 00.00 horas de sexta-feira, com a Serenata Monumental.
Em comunicado, o MUDA apela às comissões organizadoras das festas estudantis que "reconsiderem a realização de práticas violentas e de humilhação a animais" e considera as garraiadas "práticas desrespeitadoras da dignidade humana".
"Apelamos a todas as associações de estudantes e académicas para que, de modo exemplar, repudiem e retirem de qualquer atividade académica práticas que, ao ignorarem o próprio conhecimento cientifico produzido nas academias, inflijam sofrimento e humilhação a animais sencientes, capazes de sentir física e emocionalmente", refere a nota.
Na Queima das Fitas de Coimbra, "a garraiada propriamente dita" (que decorre dia 09, na Figueira da Foz), é um acontecimento em que "são soltas uma ou duas vacas e os estudantes brincam de forcados", depois de uma corrida com cavaleiros e forcados, clarificou Luís Amorim, comissário da representação institucional da Queima, em declarações à Lusa.
"Todos os anos há imensa adesão, com centenas de estudantes", disse Ana Pinho.
A Garraiada, a par da Bênção da Pasta e da Serenata, é um dos "acontecimentos marcantes" que fazem com que a Queima das Fitas de Coimbra seja "uma festa académica única", no entender de Luís Amorim.
É bonito constatar que o espiríto democrático dos estudantes da Universidade de Coimbra se mantém vivo e de boa saúde . . .