Temos de recuar uma décadas para nos recordar-mos de figuras míticas do toureio em Portugal, umas que já desapareceram outros ainda em actividade mas realmente a escassez de figuras míticas existe, e pese embora a afirmação de alguns, poucos são os que estão a criar carisma que os distinga e faça arrastar multidões. Culpa de quem?
Interrogo-me e procuro respostas com alguma lógica ou falta dela para esta crise.
Será culpa do governo, da Troika do FMI , dos empresários ,apoderados, críticos, Ganaderos, dos pais dos toureiros, dos toureiros, das dinastias, do carisma , da intuição....?
No meu modesto entender todos tem uma percentagem de culpa..
Não se podem queixar de não haver dum numero pouco elevado de corridas transmitidas (ainda bem) nos últimos anos, e por estranho que pareça e ao contrario do que se poderia prever não tem sido aproveitado pelos novos valores para se afirmarem definitivamente com um toureio personalizado que dê carisma, desperdiçando este veiculo para chegar a milhões de pessoas, dando a conhecer o seu toureio diferenciado dos demais, sem repetições dando relevo á criatividade sem cair em exageros . Mas infelizmente salvo raras excepções , passa-se precisamente o contrário caindo inclusive no ridículo de se imitarem uns aos outros, nos ladeares, no ajoelhar, na busca dos aplausos em correria depois dos ferros, e toda uma panóplia de numeros que sew sobrepoem a coisas essenciais, como por exemplo os remates das sortes.
Os jovens á espera de romper não se podem queixar de falta de oportunidades, porque têm-nas tido e em praças importantes, tem faltado é o golpe de asa para romper, e esse golpe de asa passa, na minha opinião, por cada um definir uma linha de toureio próprio.
Para que meditem aqueles que já romperam e aqueles que ainda esperam a sua hora, quero lembrar : “ Lupi, Batista, Zoio, L. M. da Veiga, Manuel Jorge de Oliveira, Moura, Paulo Caetano e João Ribeiro Telles, nada tinham em comum na sua concepção de toureio e foram figuras carismáticas em simultâneo.