Há várias decadas a esta parte, é o primeiro ano que não vou á Feira da Moita...
A feira da Moita era aonde eu anualmente me refastelava de portuguesismo, de boas tertúlias taurinas, de boa gastronomia Portuguesa e sobretudo da amizade pura e verdadeira do meu amigo (irmão) Dr. José Manuel Pires da Costa, tão só um ícone puro dum estar e de um ser Moitense. A sua casa foi sempre a minha e a dos meus filhos, por ali passaram e ali se vestiram nas últimas épocas as maiores figuras de toureio que tourearam na Daniel do Nascimento. O numero de convidados para jantar naquela casa oscilou invariavelmente entre o oito e o oitenta notando-se sempre a presença sólida daqueles que acompanharam o Zé Manel nos princípios do AP MOITA.
Como figura tutelar de tudo o que dizia respeito á feira, planava a todo o momento o Eng. José Samuel Lupi com histórias da sua história, com aficcion da boa e com a grandeza da naturalidade,
Em cada dia da feira vou lembrar-me do Joao P. Fernandes, do Manta, do Broega, do Rui Ludovino, do Toino Dias e tantos outros, enquanto o meu palato recordará o sabor dos couratos na chapa cujo o sabor me levou sempre aos carabineiros á la Plancha, ao caviar Iraniano ou ás paletas de cordero lechal al horno...
Vou terminar com o estribilho dum fado que escrevi á Moita:
Vila da Moita
Terra catita vila bendita
Mais linda que o sol Nascente
Vila da Moita
Terra catita vila bendita
Minha terra minha gente...