MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Figueira da Foz - Duas escolas, dois mestres e um um digno outsider

Público - Boa casa atendendo a que choveu toda a tarde e durante a corrida

Toiros - Colaborantes mas a emprestarem pouca emoção


António Ribeiro Telles

Dentro do estilo clássico não podia estar melhor. O primeiro toiro, mal visto, foi tão bem toureado que muita gente nem disso se apercebeu. Como ainda por cima pouco ou nada transmitiu, teve o maestro da Torrinha que pensar e aproveitar com o cavalo "VENENO" um cite prolongado e aparatoso, para pôr na lide o que faltava ao toiro.
No 2º toiro com "RONDEÑO" apresentou as regras que definem o toureio antigo mas sempre actual sem uma falha sem um reparo. Toureou sem dobrar, antes correndo o toiro, para que este chegasse o mais inteiro possivel ás sortes, para depois desenhar e cravar como mandam as regras.
Grandes actuações, das quais destaco para o meu gosto pessoal a do 1º toiro....

Pablo H. de Mendonza

No seu primeiro toiro esteve bem sem atingir o nível a que habituou o grande público. No 2º tudo lhe saiu bem e conseguiu que se tivessem ouvido na Figueira a maior onda de aplausos de que me lembro como aficionado sem tirar o minímo partido dos galopes a duas pistas. Apercebeu-se da justa força do toiro, e baseou a sua lide na arte, na correção do desenho das sortes e no soberbo arranjo dos seus cavalos. Com o cavalo alazão pintou a manta, quer nas piruetas mais que cingidas, quer na forma como citou o toiro por trás, levando o cavalo a agachar-se dando inicialmente a ideia de que se preparava para uma levada ou cabriola, surgindo isso sim como que uma reverance em que o cavalo se senta baixando todo o centro de gravidade, numa atitude de grande beleza.
Não tenho mais palavras para descrever a sua passagem pela Figueira...

Paulo Jorge dos Santos

No primeiro toiro agigantou-se e brilhou á altura do que eu esperava dele. Mostrou um toureio definido e verdadeiro rematado com a espectacularidade dos tempos modernos. No 2ª toiro ( o pior da corrida) começou bem, mas ao falhar dois ferros que seriam a sequência de duas viagens bem desenhadas, acabou por baixar um pouco o nivel da actuação, que rematou com a classe toureira da recusa em dar volta á praça.
Em nada saiu deminuido. Entalado entre dois leões, mostrou estar á altura de ombrear seja com quem fõr, assim lhe dêem oportunidades...

 Os grupos de Montemor e Vila franca estiveram bem, mas também não tiveram problemas...