Paulo Jorge dos Santos, com Pablo e António Telles numa corrida televisionada
O Paulo é um toureiro que sempre admirei. Desde amador que apresentou um bom sentido de lide e um saber montar dignos de serem admirados. Lembro-me de o ver montar no Centro Equestre da Lezíria Grande com o mestre Luís Valença, e de reparar na sua sensibilidade hípica, na sua modéstia e na sua vontade indomável de aprender.
A vida como toureiro não lhe foi fácil, não tinha disponibilidade para comprar cavalos, e as oportunidades que lhe surgiam no nosso País eram escassas e nem sempre boas. Tomou a alternativa e esteve bem, mas não andou, e foi então que enveredou por fazer a base das suas temporadas em Espanha e França, com êxitos que íam soando na nossa imprensa.
Quando nos encontrávamos, nunca percebi da sua parte uma ponta de desânimo, antes porém uma grande paciência, e um saber esperar pela oportunidade. Dei-lhe nessas alturas alguns exemplos de toureiros que por razões semelhantes ás que ele estava a viver, acabaram por romper tarde ( Manuel Vidriè, Angel Peralta, Mestre Batista ( que reprovou na Alternativa) e até o própio Pablo H. de Mendonza).
Amanhã, o meu amigo Paulo Jorge dos Santos vai ter a sua oportunidade.
Eu acredito nele como sempre acreditei.