MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A arte Xávega e a Festa

 


 

 



No sábado passado fui á praia da Tocha onde não ia há muito tempo, e assisti a duas fainas da arte Xávega, ao mesmo tempo que estabeleci uma enriquecedora conversa com os pescadores.

Dá-se o nome de arte xávega ao tipo de pesca típica das praias da Nazaré, Mira, Costa de Lavos, Tocha etc. em que todas as companhias de pescado a que os pescadores chamam “campanhas”, se ajudam mutuamente na faina, esquecendo questões particulares e até mesmo quando não se dão uns com os outros.

A palavra “xávega” deriva do árabe “xabaka”, que significa rede. O termo xávega é usado tanto para definir rede para pesca de arrasto, como para defenir o próprio barco (de fundo chato) que transporta a rede para o lanço.

Dizem os livros que pescar não é uma arte, pescar é uma actividade que se serve de artes. A Arte Xávega refere-se ao ofício da pesca de cerco de arrasto para terra, tradicional, e nesta actividade há uma voz de comando ( Vai d'arrinca!!! ) que parte do “Arrais”, que não prescinde da ajuda seja de quem for, repito seja de quem for , para optimizar a faina.
A frase "Vai d'arrinca!!!" nasceu com um chefe de uma embarcação do Ginásio Figueirense quando cria puxar por todos os remadores ao mesmo tempo marcando o ritmo, grito hoje vulgarizado sempre que na pesca se apela aos esforços conjugados.
A propósito : As organizações de defesa da “FESTA” não podem estar enfeudadas a grupos de pressão, deve-se sim juntar toda a gente a fazer força para o mesmo lado.
Meus amigos, é bom ninguém esquecer que estamos em Portugal e não estamos na Índia país das castas…

Desta coluna, peço a quem decide nos meandros destas organizações, que pensem largo as suas decisões, evitando criar gente marginalizada, porque os marginalizados são sempre o fermento de revoluções.

A Prótoiro mudou e muito, e todos temos que mudar sem guerrear os companheiros da mesma actividadee sem marginalizar ningué ( mas ninguém mesmo... ), porque ao contrário acabamos por dar uma imagem de desunião. Eu cá por mim, se não for atacado não faço guerra a ninguém, mas também não esperem de mim o papel de bom samaritano que o meu amigo Miguel Alvarenga fez, depois deste último episódio da "telenovela bufa..." da qual sou protagonista. 
Penso que deve mudar o seu comportamento, quem tem que mudar...
Nunca é tarde para mudar, e a propósito vou-vos contar uma história que mostra ser sempre tempo para arrepiar caminho.

“Um tipo está prestes a suicidar-se atirando-se de um viaduto, quando um jovem mendigo maltrapilho lhe pergunta: o senhor vai-se matar? Responde-lhe o outro: vou e não tente impedir-me.
Diz o Pobre: “Já que se vai matar podia dar-me as suas roupas”.
O homem concordou e despiu-se por completo.
O maltrapilho olha de forma maliciosa e bem humorada para o outro todo nu, e diz: “O senhor tem um rico rabo”, uma rica bilha...
É então que o candidato ao suicídio, reconsidera e rapidamente responde: “Dê-me as minhas roupas de volta, mudei de ideias… descobri uma razão para viver…

Termino, com o desejo que todos rememos para o mesmo lado independentemente de questiunculas, e daqui grito como um dia o fez o tal chefe de uma embarcação do Ginásio Figueirense, grito hoje vulgarizado sempre que na pesca se apela aos esforços conjugados: “Vai d’arrinca!!!”