Triunfo de Pablo Hermoso de Mendonza, actuação de Manuel Lupi, e dois ferros á Salgueiro.
A feira da Moita seguiu, tal como a Isidrada este ano, sob o signo do Manso. Esta corrida de Passanha, mansa e sem brilho, safou-se porque teve pela frente toureiros que estiveram sempre por cima dos toiros.
Os ganaderos têm que pensar seriamente nos toiros de “plástico” (como dizia um aficionado) que estão a criar. Chega de Murubes, chega de Boiadas…
Deste estado de coisas parece-me que os empresários são os menos culpados.
O público que preencheu ¾ de casa acabou por ser compensado com uma notável actuação de Pablo Hermozo de Mendonza no segundo, com uma belíssima actuação de Manuel Lupi, com dois Ferros á Salgueiro e com uma actuação certa e digna dos Forcados do Ap Moita.
Salgueiro - Tocou-lhe o piore lote, mas mesmo assim, arreou pelo menos dois curtos á sua maneira. Nos compridos esteve muito bem.
Pablo Hermozo de Mendonza - Derramou classe em tudo o que fez. No primeiro toiro, manso e sem chama, fez tudo o que podia fazer ., acabando o público por obrigar o Rejoneadsor a dar volta á praça.
No 2º toiro abriu o livro, recebeu com um cavalo novo de saída que impressionou os amantes do cavalo, para depois com o Chenel e com o Ícaro bordar o toureio levando o público ao rubro.
O público exigiu que desse 2 voltas á praça, coisa rara nesta terra Aficionada.
Manuel Lupi - Foi o triunfador da 1ª parte da corrida. No 1º toiro recebeu como mandam as regras, mas foi nos curtos que deu a verdadeira dimensão do seu toureio que em Espanha e França tem sido reconhecido ultimamente com saídas em ombros.
È quase impossível tourear tão lentamente como o faz com o seu cavalo castanho.
No seu 2º nada mais podia fazer.
Os Forcados do Ap Moita, tiveram uma noite digna ao nível dos pergaminhos do grupo.