Fazem hoje anos o Hugo e o João o que muito nos apraz registar.
O Hugo é um amigo que lamento sinceramente não ter conhecido há mais tempo, trata-se de um tipo que nas vertentes em que alicerço as minhas amizades perfaz todos os quesitos. A sua lealdade, generosidade, sentido de humor e a ausência de complexos, fizeram com que eu numa idade em que achava já não ter idade para fazer novas amizades, acabar por ser obrigado a catalogá-lo entre os meus 15 amigos de eleição. Como jornalista dispensa comentários. O Hugo, é um gajo tão porreiro que até é capaz de dar valor, ás viúvas que em vida dos maridos os odiavam, mas que com eles na cova ou no jazigo, vão todos os domingos ao cemitério com ar pungente impostor mudar as flores e a água ás jarras.
Nunca me esqueço da tua alegria quando me comunicaste que ias lançar um blogue, mas principalmente da alegria e das palavras de incentivo quando te comuniquei que ia lançar o meu “sortesdegaiola”. Como és diferente de alguns… meu caro amigo.
João Moura Caetano, é um tipo discreto, de detalhes e que conhece bem a terra que pisa. Ao pensar na nossa amizade lembro-me desta tirada do poeta:
“Este, por alguns não amado,
Mas, manhoso Barão ingente,
Fero açoite do nunca domado
Povo da Lusitânia gente…”
Hoje paira no ar, o sonho que esculpiu nesse Alentejo e que o tempo curtiu e dilatou, no perfume da arte que escolheu e á qual definiu estilo e parâmetros.
Nunca duvidei da sua arte, do seu toureirismo, e da amizade nem vale a pena falar.
Hoje vejo em cada êxito seu o ar de ousadia que escondia, como esconde o fandanguista os rendilhados brilhantes, enquanto de passo e tacão marca o ritmo até entrar em cena.
Espero ainda muito mais de ti durante os muitos anos que terás pela frente.
Parabéns… Parabéns… Parabéns… Aos dois.
