MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012



 De M. Peralta Godinho e Cunha transcrevemos :


Curro romero

Aconteceu na Real Maestranza

“El aficionado no sabe nunca si lo que recuerda corresponde a la verdad”- Gregorio Corrochano

A frase lapidar do inesquecível mestre da escrita taurina, aplica-se em qualquer espectáculo, mas muito bem no tauromáquico.

Na realidade sabemos que, muitas vezes, os aficionados e os próprios ganaderos, toureiros e forcados referem-se a factos antigos nas arenas, com muita imprecisão, sendo portanto importantíssima a crónica taurina escrita que, quando séria e competente, deixa para o futuro o registo fundamental para um historial honesto do toureio.

Assim e baseado num trecho do livro “El discurso de la corrida” de François Zumbiehl, um curioso apontamento ficou arquivado sobre uma actuação de Curro Romero que passou a ser recordado como que uma lenda da Praça de Sevilha.

Nesse livro, refere o autor que o “Faraón de Camas” – na célebre corrida a favor da Cruz Vermelha Espanhola – em 19 de Maio de 1966, quando o diestro se encerrou com 6 toiros, o público presenciou um facto raro:

Curro Romero depois de lidar de capote um dos toiros - com destaque para três verónicas e meia - foi de tal maneira ovacionado que teve que dar uma volta de agradecimento antes de começar a faena de muleta. Mas o caso inédito e que deixou toda a gente louca de entusiasmo, foi quando Curro começou a dar a volta à arena e arrastando o capote, o toiro andou uns trinta metros com a cabeça baixa sobre o capote mas tranquilamente e sem investir.

Nesta corrida realizada na Real Maestranza, Curro Romero cortou 8 orelhas aos 6 toiros de D. Carlos Urquijo

Olé matador!