segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Autárquicas...
Cuidado com candidatos tipo Defensor Moura...
RESPEITO que acintosamente escrevo com letra grande, tal como as palavras HISTÓRIA e TRADIÇÃO levaram-me a escrever esta crónica.
Quem exerce um cargo público tem que respeitar as minorias, a história e as tradições, e não pode ser influenciado a decidir, por gostos ou preconceitos pessoais - no momento em que foi eleito passou a ser presidente de todos os munícipes do concelho -, e muito menos pode atentar contra a história e a tradição da região e do país
Como exemplo, vamos dissecar o caso de Viana.
A pretensão de destruir uma praça de touros como aconteceu em Viana, baseada no facto desta só dar uma corrida de toiros, cai pela base se o Defensor Moura se lembrasse que há capelas no concelho que abrem uma vez por ano e não é por isso que as ía manda destruir para ali nascer uma lixeira, uma oficina da câmara, um campo para a prática do futebol, um ATL, ou mesmo um Centro de Ciencia Viva (como foi o motivo aparente dessa sua pretensão).
Eu, sei porque tenho ido a Viana, que as preocupações com a arquitectura tradicional são poucas como sucede com relativa vulgaridade por esse país fora.
Eu sei que o apoio dado á Romaria da SRª da Agonia dá votos, muitos votos e por isso esse tipo apoiou tal romaria. Assim houvesse tamanha adesão popular á “Festa” e eu queria ver se o innefável Def Moura tinha tomates para pensar sequer em destruir a praça.
Eu sei que a influência dum grupelho pateta mas activista o tocou, quanto mais não seja porque essa gentuça faz passar a ideia de uma força que não tem.
Mas sei também que nada mas mesmo nada, se pode suplantar á história.
O tal moura não sabe há quantos anos existem corridas de toiros em Viana?
O gajo sabe que o toureio é uma arte?
Porventura tinha ideia de que a praça de toiros da sua terra na corrida anual ou enchia ou esgotava com milhares de pessoas?
O tipo não sabia nem sabe com certeza nada disto, nem conhece a história do toureio, a única coisa que sabia é que não gostava, e nós sabemos que ele foi uma vergonha ao cometer o crime de fechar a praça.
Não pôs os olhos naqueles ( que no espectro politica vão da esquerda á direita) que não gostam do espectáculo mas o respeitam.
Defensor Moura não foi Português, nem democrata (eu sei o que é democracia há mais de 50 anos), não respeitou as minorias (neste caso, mesmo ao nível do concelho, esta sua prepotência ía contra a maioria segundo sondagens).
Os Pres. de câmara são eleitos para construir e não para destruir património.
O tipo devia achar que com esta atitude, iria ganhar protagonismo bom. Enganou-se porquee muitos mas mesmo muitos não lhe perdoaram quando reduziram á insignificância nas Presidenciais, e ficará na história como o gaijo que destrui a praça de Viana.
Se comprou a praça porque não a transformou num pavilhão multiusos como se fez em Lisboa, Évora, Elvas, Redondo, várias cidades de Espanha e França, e mais ainda todas as cidades e vilas onde a mesma solução está a ser equacionada.
Esse é o caminho certo, a outra solução ou é de origem economicista fria, ou é de mero oportunismo, ou é caprichosa, sendo que em qualquer dos casos é irresponsável e lesiva da história, da tradição e da arte.
Diz mais ou menos isto, a canção que eternizou Viana:
Hei-de voltar a Viana como manda a Fantasia,
Hei-de voltar a Viana oh meu amor algum dia.
Acrescento eu :
Hei-de voltar a Viana sem o substituto do Moura, um dia
Quando também for substituído e o mandarem p’rá da tia.
Cuidado com os Candidatos tipo "Defensor Moura"....