Miguel Esteves Cardoso escreveu o livro : "O amor é f...dido". E eu acrescento: "se não for vertical..."
Dia de S. Valentim
Nada do que vão ler nesta crónica, tem que ver com toiros, mas sim com o dia de S. Valentim.
No principio de um namoro vive-se a fase de deslumbramento que cega. É só beijinhos, festinhas e bidu, bidu, bidu... Depois vem uma fase em que os namorados se estudam, essa fase é crucial para um bom e futuro entendimento. Nessa altura descobrem-se os gostos e hábitos de cada um, as afinidades, e os interesses que sempre existem num relacionamento, bem como o que cada um esconde voluntária ou involuntáriamente. Pior se torna tudo quando há pequenos encobrimentos de relações que podem ser só de novas embora simples amizades, ainda que leves, como por exemplo através do "Face..." , como hoje está na moda. Então é aqui que entra a Verticalidade. Ou cada um tira a mascara que tem usado servindo-se assim de toda verticalidade e a relação não dá merda, ou continuam as faltas de franqueza e tudo acaba mal, demorando a relação em conformidade, mais ou menos tempo. Nesta fase, há também tempo para equacionar idades, principios e filosofias de vida. Quanto mais tempo demora esta fase, maior é normalmente o estrondo da rutura...
Esta minha visão do namoro em dia de S. Valentim, não é romântica como se impõe em dia do tal Santo, mas é a visão dos meus 65 anos, de alguém que já namorou algumas vezes, e acompanhou muitos namoros que se estava mesmo a ver que acabavam no charco...
Carlos Drummond de Andrade escreveu:
Sossegue..., o amor é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.
Esta visão do poeta, que é a mais comum entre apaixonados, lembra-me as "Raspadinhas", roça-se, roça-se, roça-se e normalmente não sai nada, senão desilusões mais pequenas ou maiores segundo a esperança nos palpites; de quando em quando lá sai um premio (namorado ou namorada )...
Nunca se esqueça, que há gente não sabe calibrar a inteligencia, os valores morais e a a vivência do companheiro (a ), mas que namora só pela sensação maravilhosa que é ter alguém... pra fazer de burro (a).
Para mim pedirem-me para continuar amigos depois de terminar um namoro que se baseou rm enganos propositados, é como um sequestrador pedir para continuar amigo do sequestrado depois de o soltar.
Não fique triste de passar o dia dos namorados sem namorado, você não passa o dia do índio com um índio nem o dia da arvore com uma arvore, muito menos o dos finados com um defunto." ... lol, lol, lol....