António Maria Soller Garcia - Um grande forcado
Normalmente só se valorizam os forcados da cara, no entanto há forcados que têm um enorme peso especifico dentro dos grupos a que pertencem. Estou-me a referir concretamente ao caso do António Maria Soller Garcia do Grp de Montemor, forcado que conheço mas com o qual não tenho grande intimidade.
A aficcion do Garcia é conhecida, começou como bandarilheiro e depois decidiu ser forcado, para tal escolheu um grupo de grande prestigio, mas onde não seria nada fácil ganhar lugar, tal é o manancial de bons forcados de que o Grp de Montemor sempre dispõe.
Começou-se a fardar e nunca o vi arredar pé, conseguiu assim impor-se, e hoje é rara a formação do grupo para a pega, em que a sua presença não seja solicitada, ora nas terceiras, ora nas segundas ora nas primeiras, e quando os problemas se adivinham lá está sempre o Garcia.
Nunca vi - e tenho andado a reparar há algum tempo -, um esgar da sua parte, uma queixa aparente, uma fala levemente alterada para um companheiro ou um olhar mais inquieto; nele a tranquilidade brota a par com a valentia, na afirmação plena de um estar e ser forcado, que deve servir como exemplo.
Para mim, além de tudo o que já disse, carrego ainda com importância a sua humildade e a sua descrição, num mundo onde tantas vezes se vê, bem o contrário...