MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Frenar el polígrafo quando el impulso te lo pide


Há dias em conversa com o meu amigo José Manuel Pires da Costa e falando-se dos exageros de alguns críticos nas suas apreciações a alguns toureiros, o meu interlocutor saiu-se com esta frase em Castelhano. As conversas entre ambos são muitas vezes ornamentadas nesta língua, por influencia de tempos vividos juntos no país vizinho, e até, porque não dizê-lo, falando assim aproximamo-nos mais de uma certa mística e de um certo estar.
Voltando ao título, vou escrever aqui a resposta que lhe dei.
Não há dúvida que “Frenar el polígrafo quando o impulso te lo pide” é importante mas não é possível, mas há diferenças grandes entre aqueles que são influenciados pelo toureiro X ou Y que praticam o toureio que o escriba gostaria de praticar se toureasse e os fundamentalistas para quem só o toureio Z é que sabe tourear.
Em Espanha sempre ouve Curristas, Ordonhistas, Cordobesistas etc. e nunca por aí veio mal ao mundo. Qualquer destas correntes artísticas tiveram os seus defensores e os seus detractores, e é nos detractores que, na minha opinião, as coisas são menos claras, apetecendo-me até recordar o ditado popular que diz: “Se não gostas não estragues”.
No meu caso, vejo todos os toureiros com óculos especificamente graduados para a arte de cada um, até porque conheço as dificuldades mesmo daquilo de que gosto menos ou de que simplesmente não gosto, e ninguém me vê a criticar o toureiro X em detrimento do toureiro Z, só porque sim…

João Cortesão