Caro companheiro de Blog, sr. “El Diablo”:
Ao ler a sua resposta à minha opinião, tenho a desventurada percepção que os vários contextos que abordei não lhe foram convincentes. Ora, isto leva-me a deduzir duas coisas: ou tem um cavalo que morde para vender a um cavaleiro luso que ainda não enxergou o filão, ou é partidário de que as audiências significam mais que tudo, justificando toda e qualquer inovação em Tauromaquia, enquanto Arte.
É evidente que excluo a primeira hipótese.
Posto isto e quando revela que até não gosta de ver o cavalo a morder o toiro, mas que cada vez que morde, a bancada põe-se em pé como se de um golo se tratasse, está deliberadamente a colocar em pé de igualdade a arte Tauromáquica com o desporto Futebol e a defender que os fins justificam os meios.
Mais, está deixar-se enredar num paradoxo, que o relaciona a si com o mundo do “Show Business” que é infelizmente, quem hoje fala mais alto no “Mundillo taurino”.
De outro modo e quando faz banal comparação entre a colocação de um violino fugidio para compor uma fraca lide com a atitude premeditada de um cavalo de toureio de morder o chanfro de um toiro Morube, está a abonar que tudo serve para convocar público em prol de uma bilheteira mais choruda.
Isto porque, e segundo números seus, cerca de 85% aprova e 15% reprova.
Por fim, e quando cita que eu e os 15% que reprovam, gostam é da “alegria dos cemitérios” e do “denominado clássico”, tenho a dizer-lhe que, verdadeiramente alegre, seria Diego Ventura encerrar-se com toiros de casta Portuguesa ...
José Portela