MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

terça-feira, 25 de outubro de 2011


Do grande aficionado e cronista do

"sortesdegaiola" josé Manuel Pires

da Costa, recebemos este escrito

que pela força do sentimento,

aconselhamos vivamente
RECADO A JUAN JOSÉ PADILLA

Conheço Juan José Padilla apenas das praças de toiros do variopinto mundo do toiro, embora tenha estado com ele, certo ano, em Jerez, no restaurante “tendido 6”, bem em frente à porta da velhinha praça da baixa Andaluzia, zona gaditana de marismas e mariscos, de toiros “bien echos” e bonitos, de cavalos opulentos cartuxanos e de inimitável e mui invejada solera, de vinhos olerosos, qual Andaluzia “embotellada”.
            Cativou-me a sua simpatia irradiante e a forma mui própria de sentir a sua tauromaquia. Sem ser seu seguidor é um toureiro que me faz sentir a festa enquanto festa e o que melhor interpreta a faceta que faz dela, intrigante, apaixonada, rendida  a pincéis de artistas e a plumas de vultos mundiais da cultura: a única festa no mundo que é trágica. A mórbida tragédia duma festa.
            A cornada de Zaragoza, ante um cinquenho cardeno do talvez mais bravo encaste da cabana brava -Santa Coloma- pela batuta de Ana Romero, fez-me lembrar, sabidas as suas consequências,  um poema dum poeta sul americano que gostaria aqui de recordar, como que se Padilla, ele mesmo, aqui estivesse, na minha frente a ouvi-lo bem atento para que, no dia em que regresse, se lembre dele.
                                              
                                           No te riendas, aun estas a tiempo
                                                   De  ALCANZAR E COMEÇAR DE NUEVO
                                                    NO TE RINDAS, PORQUE LA VIDA ES  ESO
                                                   NO TE RINDAS, POR FAVOR, NO CEDAS

                                                  ACEPTA TUS SOMBRAS 
                                                  ENTERRA TUS MIEDOS
                                                  LIBERTA EL LASTRE
                                                  RETOMA EL VUELO
                                                NO TE RINDAS, QUE LA VIDA ES ESO

CONTINUA EL VIAJE
PROSEGUE TUS SUEÑOS
DESTRABA EL TIEMPO
CORRE LOS ESCOMBROS
Y DESTAPA EL CIELO

NO TE RINDAS, POR FAVOR NO CEDAS

AÚNQUE EL FRIO QUEME
AÚNQUE EL MIEDO MUERDA
AÚNQUE EL SOL SE ESCONDA
Y SE CALLE EL VIENTO
HAY FUEGO EN TU ALMA E VIDA EN TUS SUEÑOS

PORQUE LA VIDA ES TUYA
TUYO TAMBIEN ES EL DESEO
PORQUE LO AS QUERIDO
E PORQUE TE QUIERO E SOY TU AMIGO

PORQUE EXISTE EL VIÑO
Y EL AMOR ES CIERTO
PORQUE NO HAY HERIDAS QUE NO CURE EL TIEMPO
ABRE LAS PUERTAS
QUITA LOS CERROJOS
ABANDONA LAS MURALLAS
QUE NO TE PROTEGIERON
VIVE LA VIDA E ACEPTA EL RIETO
RECUPERA LA SONRISA
ENSAYA El CANTO
BAJA LA GUARDIA E EXTENDE LAS MANOS
DESPREGA LAS ALAS
E INTENTA DE NUEVO
CELEBRAR LA VIDA E RETOMAR LOS CIELOS
NO TE RINDAS, POR FAVOR NO CEDAS

AUNQUE EL FRIO QUEME
AÚNQUE EL MIEDO MUERDA
AÚNQUE EL SOL SE PONGA
E SE CALLE EL VIENTO

HAY FUEGO EN TU ALMA E VIDA EN TUS SUEÑOS

PORQUE CADA DIA ES UN COMIEZO DE NUEVO
PORQUE ESTA ES LA HORA E EL MEJOR MOMENTO

PORQUE NO ESTAS SOLO
PORQUE YO TE QUIERO
PORQUE SOY TU AMIGO”

Moita do Ribatejo,  numa tarde chuvosa  de Outono
2ª feira, 24 de Outubro de 2011
Jose Manuel Pires da Costa