MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

domingo, 24 de julho de 2011

Apontamentos da corrida da Figueira

Contra o que eu supunha, dada a pouca publicidade no Baixo Mondego, felizmente o Coliseu figueirense tinha 3/4 da sua lotação preenchida.
Efectivamente a televisão tem muita força
Os toiros do sr. Eng. Inácio Ramos, não satisfizeram com certeza o escrupuloso ganadero, ainda que proporcionassem êxito aos cavaleiros sobretudo na segunda parte, com destaque para o 4º da ordem.
Os 2 toiros do Sr Falé Filipe destinados ao toureio apeado, demasiado pequenos (ai balança, balança…) tiveram um comportamento desigual. O primeiro saiu sem estilo, incómodo e sem classe, o 2º foi bravote e tinha a classe que faltou ao seu irmão de camada.
Rui Fernandes – Está um senhor toureiro. Quando há dois ou 3 anos o defendi ( por exemplo na corrida da alternativa de Manuel Lupi) dizendo que acreditava nele, poucos viram que no dia em que estabilizasse emocionalmente seria uma grande figura. Está a demonstrá-lo em cada dia que passa.
A forma como toureou na noite de ontem com o Vivaldi, ora a receber ora a atacar, foi excelente. Até onde poderá ir este cavalo ???!!!
João Moura jr – Tocou-lhe o pior lote. O seu 1º toiro foi mesmo o pior da corrida mas mesmo assim o cavaleiro esteve muito por cima do toiro.
No 2º com o Merlin explanou o seu toureio com batidas menos acentuadas que o habitual o que só lhe dá ainda mais mérito. O público da Figueira que tão bem o conhece, sentiu o seu labor e entregou-se.
O melhor comprido da noite foi seu, com o cavalo de ferro “Romão Tenório”.
Grp de Alcochete – 1ª pega pelo forcado Vinagre que á primeira tentativa não esteve particularmente bem no momento da reunião, vindo a emendar-se depois com uma pega rija; 2ª pega, um pegão de Daniel Silva à segunda com uma excelente primeira ajuda ( mais uma…) de João Rei que valeu a este chamada à praça.
Grp do Ap. Moita – José Broega pegou bem o 1º toiro que coube ao seu grupo á 2ª tentativa, depois de não ter aguentado como devia na primeira vez que foi á cara do toiro; Nuno Inácio esteve simplesmente perfeito.
António Ferrera – No seu primeiro toiro pouco se viu, mas nada mais podia fazer.
No seu segundo com óptimas condições de lide esteve variado com o capote, bem com as bandarilhas e bem com a muleta sobretudo pelo lado esquerdo. Com alguns bons derechazos, naturais e passes em redondo ornou a sua faena com o público completamente entregue.
É evidente que não tem o perfume da arte de que alguns tanto gostam, mas este tipo de toureiro faz falta á “Festa”.
Não percebi porque mandou parar a música e muito menos porque a mandou tocar de novo, e ainda menos a passividade do Director de corrida… Mas como disse um dia um celebre árbitro de futebol. “Desde que vi uma cabra a andar de bicicleta, já nada me espanta…”
Ele há cada uma… 

João Cortesão