Diego Ventura
Eu gosto de o ver...
Este rejoneador teve uma época extraordinária que começou no México, continuou por Espanha e França. Em Portugal, se artisticamente as coisas não foram piores que nas épocas anteriores, não podemos deixar de considerar que as polémicas, ou falsas polémicas, em que se viu envolvido com Salgueiro e a história das mordidelas do Morante podem ter prejudicado a sua aceitação por parte do público.
Ventura apresentou cavalos novos de grande categoria (estou-me a recordar do “Vinhas”); Os mais rodados estiveram ao mais alto nível; o seu conceito de toureio manteve-se e como é natural mais sublimado, o gancho para chegar ao público continuou bem vivo.
No nosso país o grande público vibrou com o seu toureio, mas alguns purista nem por isso, embora tenha havido grandes e bons aficionados que o respeitaram porque o admiram como ginete e como toureiro, todavia, o seu erro, se é que se pode considerar um erro, veio da exclusividade do tipo de toiros que elegeu para tourear, que despiram de emoção as suas prestações, e o que é importante é que eu tenho a certeza de que Ventura pode com os toiros todos.
Quanto aos assobios, recordo-lhe que Alvaro Domecq teve um ambiente hostil no nosso país, depois de uma entrevista que deu no México, e suplantou essa crise jogando nas praças tudo e com toiros das pricipais ganadarias, até que os assobios se desvaneceram.
Sou de opinião que Ventura deve tourear em Portugal, onde a maioria – doa a quem doer – gosta do seu espectáculo, e porque agita o nosso Mundillo com o que isso tem de positivo.
Eu gosto de o ver…
Aviso: Amanhã falarei de Rui Salvador