A propósito do novo cavalo de João Moura
Alguma polémica tem causado o novo cavalo de João Moura. A pelagem e algumas evidencias anatómicas, levam-nos á raça Appaloosa, da qual já vários exemplares apareceram a tourear a grande nível, e estou-me a recordar do “Apolo” de Rafael Peralta, que levou uma cornada que o inutilizou, em Madrid na festa de despedida do seu irmão Angel.
Neste momento há pelo menos 4 cavalos puros ou cruzados, desta raça a tourear em Espanha, a saber: “Wellington” de Ventura , o “Yanki” e o “Cheroki” do Cartagenero e o Rejoneador Lopez Baio também tem dois cavalos cruzados de Appalloosa, tendo todos em comum uma enorme propensão para tourear a quiebro, a que não será alheia a selecção dos mais aptos para o .
A titulo de curiosidade farei um pouco da história desta raça.
Appaloosa é uma raça de cavalo que se distingue pelas cores que são herança de cavalos primitivos, pois esta raça é tão antiga que já foram encontradas pinturas rupestres datadas de até 18.000 anos a.C.
Foi na China que este animal ganhou mais prestígio, virando artigo de luxo por ser muito apreciado pela nobreza chinesa. Porém foi na América do Norte que através de um rígido processo de selecção e desenvolvimento de animais campeões feito pelos índios, que os tornaram perfeitos para a caça e guerra. O nome vem do facto destes cavalos se encontrarem em grande numero na região de Nez Perce e o nome Appaloosa vem do Rio Palouse, que corta esta região.
A partir de 1938 com a formação do Appaloosa Horse Club vem-se tentando melhorar a raça com cruzamentos utilizando os tipos Quarto de Milha, Puro Sangue Inglês e Árabe.