MANIFESTO DA DIRECÇÃO: Este blogue “www.sortesdegaiola.blogspot.com”, tem como objectivo primordial só noticiar, criticar ou elogiar, as situações que mais se distingam em corridas, ou os factos verdadeiramente importantes que digam respeito ao mundo dos toiros e do toureio, dos cavalos e da equitação, com total e absoluta liberdade de imprensa dos nossos amigos cronistas colaboradores.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Estreia do Dr. António V. Lucas - Sobre a Casta Portuguesa… (1º Capitulo)

Um factor negativo da actualidade tauromáquica é, sem duvida a pouca diversidade do comportamento do toiro, cuja selecção,visando a plasticidade do toureio, muitas vezes desprovido de conteúdo técnico, atingiu parâmetros realmente assombrosos, em detrimento da componente emocional que deverá estar sempre em  simbiose com a arte.
Ora, a corrida das tertúlias de Vila Franca com toiros da ganadaria Vale do Sorraia, transmitida pela RTP, teve o mérito de mostrar aos aficionados que existem, para além do tão requisitado toiro de Murube, que pelo seu comportamento tão meritório quão previsível é o preferido da maioria dos cavaleiros, existem dizíamos, outros encastes de morfologia e investidas distintas com outras exigências técnicas que, logicamente, emprestam variabilidade e emoção ao toureio.
Esta neste caso o encaste de “Vale do Sorraia”, imaginado pelo Senhor David Ribeiro Telles na reconstituição do antigo toiro de casta portuguesa, seleccionado no sentido de maior toureabilidade.
A casta portuguesa fixou um animal corpulento, poderoso e de formas bastas, com córnea muito desenvolvida e de tendência à mansidão, porque a modalidade de toureio praticado em Portugal até meados do Séc.XIX. não exigia outro tipo de toiro e também porque uma reforma politica contrariou a sua evolução.

A. Vasco Lucas