Foi um sucesso enorme a apresentação do jovem colombiano Jacob Botero, que só surpreendeu quem nunca o viu montar a cavalo na Feira da Golegã ou a tourear à porta fechada.
Na Golegã, desde o primeiro ano que por lá apareceu, deixou constância de uma aficcion desmedida, que se via na forma como se preocupava com a própria figura a cavalo, passeando montado pela manga da Feira sempre com a preocupação de fazer bem como se estivesse a dar uma lição aos cavalos no picadeiro. No aparelhar dos cavalos e no cuidar deles depois de montados, transpirava sentimento e paixão por estes nobres animais.
Montou desde que chegou ao nosso país qualquer cavalo, com desenvoltura e intuição.
A tourear á porta fechada evoluiu de dia para dia e quando o vi há pouco mais de um mês a tourear no tentadero de Rui Fernandes, fiquei ainda mais com a certeza de que iria acontecer o que os aficionados de Vila Franca desfrutaram ontem.
A forma humilde com que sempre o ouviu as criticas e dicas do seu mestre Rui Fernandes - e se o Rui lhe exige… -, e a atenção esperta com que ouvia as conversas sobre toiros, cavalos e o mundo do toiro, provavam a sua qualidade humana e a quase obsessão em querer a prender.
Sempre falou pouco e mesmo assim só quando solicitado, queria acima de tudo aprender.
Ontem, como me confirmaram várias pessoas que assistiram ao espectáculo, esteve bem a cavalo, bem a receber, bem a lidar, bem nas bandarilhas e bem nos quiebros, e no sentimento profundo das lágrimas sentidas com que agradeceu ao público (ainda por cima a tudo isto emprestou classe).
A receita para este êxito é : “muito trabalho, muita paixão, e muita humildade.
Fixem este nome: “Jacob Botero”.
Este vai ser figura com certeza. O que afirmo não é exagero…
Um grande abraço de parabéns Jacobo, do teu amigo e admirador desde as primeiras Golegãs em que me metia contigo na cocheira do Rui, por estares a cavalo desde manhã cedo até noite alta.
João Cortesão
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