Na capa chamou-me a atenção a pose sensual de Nádia Lopes vestida com uma jaquetilha bordeaux bordada a ouro. Acreditem que nem sabia se aquilo seria um teste do raio do médico à minha visão, mas que a vista de sensualidade era desconcertante, lá isso era.
A relação da tauromaquia com a moda, não é recente, tomou mais impacto com a casa real espanhola a utilizar, ainda que esporadicamente vestidos com inspiração na tauromaquia, em Espanha é vulgar ver vestidos de noite com um alamar, ou até carteiras de senhoras com estes adereços.
Por cá foi uma boa produção da Triângulo das Bermudas, com excelentes fotos de Bruno Colaço que deram corpo à reportagem onde a jovem modelo encara o papel de uma pin-up toureira “com um ar de menina atrevida e marota”. Esta jovem que Deus em boa hora a pôs no mundo a 29 de Dezembro de 1987, não afirma na sua entrevista se é adepta da tauromaquia, mas que dava uma “boa” matadora de touros, lá isso dava, e certamente todos nós perdoaríamos a ausência do chaleco e que a taleguilha fosse substituída pelas sensuais meias cor-de-rosa em qualquer praça cá do burgo. Se a moda pegasse em Espanha nas novilheiras e matadoras era “um ver se te avias” de praças cheias.
Por cá limitamo-nos a desejar muita sorte à jovem modelo, a agradecer a boa prestação da sua imagem e a convidá-la para um dia, se ainda não foi, a assistir a uma corrida de touros, e quem sabe a fazer outra produção de casaca e tricórnio, ou jaqueta e barrete, entendendo qualquer cavaleiro ou forcado gostaria de saber que os seus fatos estavam em corpo… tão bem cuidado.
Divirtam-se.
Marco Gomes