Hoje começou San Fermin, depois do tradicional ‘’El Chupinazo’’, deu-se então o festejo de rojões. Com um cartel atractivo, composto por Pablo H. Mendonza, Sergio Galan e o filho da terra Roberto Armendariz, perante toiros de San Mateo e San Pelayo.
Os toiros propriedade do antigo matador Niño de la Capea, saíram primorosamente apresentados e cumpriram no geral com nobreza e com um pouco mais de transmissão que o ‘’Murube’’ comum, com excessão do sexto que demorou a fixar-se no cavalo e inclusive, tentou saltar a trincheira.
Pablo H. Mendonza – Todo ele um maestro, um professor, saiu com ganas de triunfo, disposto a conseguir a sua 22ª porta grande em Pamplona, e conseguiu. No primeiro toiro, deu uma lição de maestria de ‘’como bailar com a mais feia’’, montando o Chenel e o Icaro arrebatou facilmente o publico, matou à primeira, cortou duas orelhas e a porta grande já estava no bolso.
No segundo, o melhor toiro da corrida, desfez o quadro com a nova estrela da cuadra, Manolete, rematou com um meritório par de palmos bem colocados montando o Puro Sangue Argentino Pirata. Matou ao primeiro rojão, mas a excessiva demora do toiro em agonia e a possível secura na garganta das gentes de San Fermin que se deslocaram ao bar, levou a que ficassem por pedir os mais que merecidos troféus.
Sergio Galan – Um expert naquilo a que chamamos de rejoneio, esteve correcto e regular usando e abusando dessa montada extraordinária que dá pelo nome de Apolo, matou o primeiro com um rojão e recolheu uma orelha. No seu segundo, a história repetiu-se, novamente o estóico Apolo, mas a faena destoou na derradeira hora, onde pinchou por três vezes com o rojão de morte. Este infortúnio deixou assim gorada a possibilidade do ginete madrileno conseguir juntar mais uma, à excepcional cifra de 8 portas grandes consecutivas em San Fermin.
Roberto Armendariz – Depois de um a primeira actuação correcta, onde o aluno de Pablo talvez tenha copiado em excesso o mestre, falhou com o primeiro rojão e deu uma volta consentida pelo público. No seu segundo toiro, apercebeu-se que estava na sua terra, e com pior murlaco do seu lote desenvolveu uma actuação meritória, matou ao primeiro rojão e cortou uma orelha, cortando Pamplona a Segunda. Saída a ombros e a primeira Porta Grande em San Fermin para o jovem terra.
Como diria Ernest Hemingway:
‘’Y Viva Pamplona, y siga San Fermin’’
Jaime Serra Cortesão